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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Os Muçulmanos festejam o Natal?

O Natal não é uma festa Muçulmana e, como tal, os Muçulmanos não o celebram. Nos Estados Unidos e na Europa é frequente os Muçulmanos solicitarem a não participação dos seus filhos nas festas natalícias escolares, isto porque, a ideia de que Jesus, que a paz esteja com ele, é "filho de Deus" colide directamente com a crença Muçulmana básica. Contudo, num mundo onde se encontram presentes tanto Muçulmanos, como Cristãos, qual deverá ser a reacção dos Muçulmanos? O Profeta Muhammad, que a paz e as benções estejam com ele, foi confrontado com esta questão, aquando do estabelecimento do estado de Medina, onde a maioria da população era não-Muçulmana. Transcreve-se, em seguida, o que ele disse acerca dos Cristãos de Najran (Yéman): «Najran tem a protecção de Allah e, os Cristãos, a promessa de Muhammad, o Profeta, de proteger as suas vidas, a sua fé, terra e propriedade, tanto dos que se encontram presentes, como dos que estão ausentes, assim como dos seus clãs e dos seus aliados. Os Cristãos não têm necessidade de alterar nada nos seus antigos costumes. Nenhum dos direitos, seus ou da sua religião, sofrerá qualquer alteração. Nenhum bispo, monge ou sentinela, será afastado do seu posto». Foi este compromisso histórico para com pessoas de outros credos, que consolidou os ideais do Islão no que respeita a comunidades que se encontram no mesmo meio, mas que professam outras religiões, quer estes sejam Cristãos, Judeus, adoradores do Sol ou Hindus. O Profeta (s.a.w.) permitiu, inclusive, a uma delegação Cristã a celebração do seu ofício religioso na mesma Mesquita do Profeta (s.a.w.), isto segundo os historiadores clássicos, Ibn Hisham e Ibn Sa'd. No actual contexto de agressão Americana, em consequência dos ataques terroristas do 11 de Setembro, a vida tem sido difícil para as minorias Muçulmanas dos Estados Unidos e de alguns países da Europa, e para as minorias Cristãs de alguns países do mundo Islâmico. Apresentam-se, em seguida, alguns exemplos do que pode ser feito pelos Muçulmanos dos países Islâmicos, para ajudarem as minorias Cristãs a desfrutarem das suas festas da melhor maneira possível: Conceder aos empregados Cristãos um feriado prolongado: Os patrões Muçulmanos podem conceder um dia livre aos trabalhadores Cristãos, pelo menos no dia de Natal e Páscoa. Do mesmo modo que, às minorias Muçulmanas que vivem em países como os Estados Unidos e nos países da Europa, foram concedidos dias livres, quer no trabalho, quer na escola, durante a festa de Eid-ul-Fitr e festa de Eid-ul-Adha, também aos Cristãos que vivem nos países Islâmicos deveriam ser concedidos dias livres durante as suas festas. Isto é já prática de vários países Muçulmanos. Tranquilizar os vizinhos Cristãos: Em países onde ocorreram recentes conflitos entre Cristãos e Muçulmanos como, por exemplo, a Nigéria e a Indonésia, a liderança Muçulmana pode tomar medidas nas suas comunidades no sentido de fazer com que a minoria Cristã se sinta mais confortável nos seus dias festivos. Um gesto de boa vizinhança: Não obstante a segurança ser uma questão governamental e, em muitos países Islâmicos, os governos estarem já a providenciar um policiamento extra às Igrejas, seria um gesto bonito por parte dos vizinhos Muçulmanos oferecerem-se voluntariamente para zelarem pela segurança das Igrejas durante a época Natalícia. Isto adquire uma importância particular em locais como o Paquistão, onde, desde o bombardeamento Americano e ocupação de Afeganistão em 2001, uma igreja foi alvo de terrorismo. As minorias Muçulmanas e Cristãs na Índia: Na Índia, onde tanto Muçulmanos, como Cristãos, são minorias, os Cristãos fizeram-se ouvir em defesa da comunidade Muçulmana aquando dos horrendos assassinatos e crimes de que esta comunidade foi vítima no estado de Gujrat, em 2002. Este Natal, um vasto número de Igrejas Indianas recearão os progressos de campanhas de militantes Hindus e de fascistas confessos naquela parte da Índia. É importante que os Muçulmanos na Índia apoiem os Cristãos durante a sua época festiva (ou de dia santo). Historicamente, sempre que os Muçulmanos conquistaram o poder, esforçaram-se, pelo menos a maior parte das vezes, por proteger os direitos dos não-Muçulmanos, desde os Hindus idólatras aos Zoroastrianos adoradores do fogo. Os Cristãos, que no Alcorão são descritos como "O Povo do Livro", detêm um lugar especial, enquanto comunidade de fé com tradição em Abraão. A protecção concedida à liberdade de religião não constituiu uma táctica de apaziguamento Muçulmana. Trata-se, sim, de uma ordem de Deus, e uma prática do nosso bem-amado Profeta Muhammad, que a paz e as benções estejam com ele, o qual disse o seguinte: "Quem quer que magoe um cidadão não-Muçulmano de um estado Muçulmano, magoa-me a mim." É importante que os Muçulmanos tenham em conta que uma pessoa não é considerada Muçulmana, a menos que acredite em Jesus (Concepção Islâmica de Jesus): Este amor por este nobre Profeta liga-nos, de uma maneira muito especial, à comunidade Cristã. Embora a história das relações entre Muçulmanos e Cristãos nem sempre tenha sido boa, é importante recordar que os Muçulmanos sempre representaram e defenderam uma comunidade onde os direitos de todos os indivíduos não só eram tolerados, mas também respeitados e protegidos. Tratar o Natal com respeito: O Natal é uma festa religiosa Cristã anual, a qual comemora o nascimento do Profeta Jesus (que a paz esteja com ele). Têm surgido algumas críticas legítimas relativas a esta festa, tanto da parte de Muçulmanos, como de não-Muçulmanos, as quais se baseiam em considerações teológicas e culturais. Contudo, tal não pode ser visto como uma desculpa que permite atacar esta festa, considerando-a, por exemplo, uma actividade baseada em antigas práticas pagãs, ou uma época de consumismo excessivo. Os Muçulmanos não se devem esquecer que, para muitos, mas mesmo muitos Cristão, o Natal, realmente, diz respeito ao seu Deus. Deus ordenou-nos que nos abstivéssemos de escarnecer das crenças religiosas dos outros, não obstante o quanto pudéssemos discordar dessas mesmas práticas. No Alcorão, Deus diz o seguinte: «E não injuries as coisas que eles adoram ao lado de Deus, para que eles, na sua ignorância, não injuriem maldosamente Deus. Assim Nós fizemos a cada povo parecerem justos os seus actos. Eles hão-de voltar ao seu Senhor, Que lhes dará a conhecer tudo o que fizeram». (Alcorão, 6:108). Temos também que ter em conta que, embora para muitos daqueles que se autodenominam Cristãos, a celebração do Natal, na realidade, não esteja relacionada com a sua participação nas tradições religiosas, o Natal é uma época em que as famílias se reúnem. Em muitos casos, é a única altura do ano em que as famílias se reúnem, quer devido ao facto dos seus membros se encontrarem espalhados por diferentes partes do país, ou até mesmo do mundo, quer devido a problemas de comunicação e de relacionamento entre eles. O Natal constitui uma excelente oportunidade para nos aproximarmos dos nossos vizinhos. Todavia, não nos devemos esquecer que a Dawa não pode ser feita de uma maneira rude e insultuosa. No Alcorão, Allah diz o seguinte: «Chama os homens para o caminho do teu Senhor, por meio de sabedoria e das boas exortações. Discute com eles de maneira honesta, porque o Senhor conhece muito bem os que afastam do Seu caminho e os que O seguem». (Alcorão, 16:125). No que respeita, particularmente, ao modo como lidar com Judeus e Cristãos, Allah diz o seguinte: «E não discutas com os Adeptos do Livro a não ser de maneira amável (com excepção daqueles que, entre eles, são injustos). E dize: "Cremos no que nos foi revelado e no que vos foi revelado. O nosso Deus e o vosso Deus são Um, e nós estamos-Lhe submetidos"». (Alcorão, 29:46). Um ponto de partida para o estabelecimento de um diálogo relativo ao Natal, pode ser a crença Islâmica em todos os Livros revelados por Deus e em todos os Profetas por Ele enviados. Neste diálogo, pode-se fazer uma ênfase especial ao Profeta Jesus (a.s.). É frequente os não-Muçulmanos ficarem surpreendidos, ao descobrirem que os Muçulmanos também acreditam neste nobre Profeta e na sua notável mãe, Maria (que a paz esteja com ela). A nível social, podemos enviar cartões de felicitações neutros como, por exemplo, cartões com as estações do ano, etc., a famílias não-Muçulmanas e a amigos e colegas de trabalho não-Muçulmanos. Que Allah nos ilumine a todos.
Retirado de:

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Racismo - Diz NÃO!!!

Combate a ignorância!... Trabalho realizado por Rita Mendes, do 12º 3, em 11 de Dezembro de 2007.

Antonio Valdez Entrevista Edite Rosario.mp3

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